segunda-feira, 18 de abril de 2011

Os visionários da TI

Após três anos de pesquisa, o jornalista especializado em tecnologia Orlando Barrozo, enfim completa seu livro “Os visionários: homens que mudaram o mundo através da tecnologia” (editora Event). A obra trata de maneira simples o furacão digital em que vivemos desde o século passado, quando o computador e seus derivados começaram a fazer parte de nossas vidas de uma vez por todas.
Barrozo diz ter procurado fazer uma lista das figuras mais influentes nessa história, que ainda que polêmicas conseguiram tornar seus sonhos em realidade e com isso transformaram as vidas das pessoas.
Listamos as principais:

- Bill Gates - O Windows, cria da Microsoft, hoje está em 91% dos desktops e notebooks. O grande mérito de Gates nos anos 80 foi mostrar que o software, o conteúdo, era mais importante que o hardware. Para isso, deu um golpe de mestre: comprou pela bagatela de US$ 50 mil, em 1981, o sistema QDOS da empresa SCP. Ele foi reescrito, rebatizado como MS-DOS e serviu de base para o Windows. Hoje, Gates é o segundo homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 56 bilhões. "Segundo a 'Time', Gates tornou mais gente rica que qualquer outro empresário na história", escreve Barrozo. Mas também fez muitos inimigos. "Borland, Lotus, Novell, WordPerfect começaram a cair depois que a MS pôs os olhos nelas". Entre 1978 e 1984, Gates tirou  apenas15 dias de ferias


- Stve Jobs - Junto com Steve Wozniak, o mago da Apple criou o primeiro computador pessoal, o Apple II. E revolucionou de novo, na década passada, a TI com iPod, iPhone e iPad - os últimos dois criados depois que ele teve câncer no pâncreas. Jobs é tido como intratável e tirânico por quem trabalhou com ele. Segundo Barrozo, numa reunião para avaliar o projeto do iBook, ouviu a equipe por cinco minutos e cortou: "Isso está uma porcaria, voltem e comecem do zero". De outra feita, mandou um avião buscar um engenheiro da Microsoft em Nova York porque queria que ele trabalhasse na Apple. Conseguiu.

- Jeff Bezos - O fundador da Amazon e criador do e-reader Kindle é tão workaholic e exigente que, devido a cobranças exageradas, perdeu 20 de seus principais executivos entre 2001 e 2003. Sua imagem é péssima nesse quesito. Em compensação, foi o homem que tornou o e-commerce viável, a partir dos anos 90, com sua incrível cabeça para negócios (trabalhava no mercado financeiro antes de mexer com TI) e percepção para um futuro mercado de livros vendidos on-line. O plano de negócios da livraria foi escrito num notebook, numa viagem de carro de Bezos e sua esposa Mackenzie do Texas até Seattle. Hoje, segundo Barrozo, a empresa tem três milhões de títulos e lucrou US$ 34 bilhões em 2010.

- Larry Page e Sergey Brin - O Google é, antes de tudo, matemática aplicada aos hiperlinks da internet. Não por acaso, a dupla que descobriu o ouro do setor de buscas on-line era especialista no assunto desde a infância. O pai de Sergey, Mikhail, era considerado um grande matemático da Rússia e passou o gosto ao filho. Já Larry Page era filho de dois professores de informática e cresceu com peças de computador espalhadas em casa, tendo até montado uma impressora com Legos. Os dois se conheceram em Stanford e mudaram a busca web com suas equações. Na época, David Filo, do Yahoo!, desdenhou da ideia dos garotos e recusou a proposta deles de ser sócio na empreitada, o que os deixou furiosos. O futuro mostraria que faltou visão a Filo.

- Jack Dorsey e Biz Stone - Você sabia que a inspiração para o Twitter foi o serviço de mensagens instantâneas AIM, da AOL? Jack Dorsey, um dos fundadores, ficou intrigado quando o serviço foi lançado em 2000. Evan Williams, que deixou a rede de microblogs recentemente, tinha outra empresa em meados da década passada, a Oreo.com, que não estava dando certo. Avisou aos companheiros de jornada que a fecharia se ninguém tivesse uma ideia genial. O desespero tomou conta da turma. E agora? Foi então que Dorsey teve a ideia de criar uma rede social móvel baseada em textos curtos como SMS. Depois, com o designer e blogueiro Biz Stone, a ferramenta ganhou seu limite de 140 caracteres. Nascia o Twitter, hoje com mais de 200 milhões de usuários postando todos os dias.

- Mark Zuckerberg - Ao contrário do que indica o filme "A rede social", ele teve várias namoradas em Harvard. Era viciado em cerveja e Redbull, e largava as latas no chão, à volta de seu computador - os companheiros de quarto é que limpavam a sujeira. Apesar das reclamações e processos que seus parceiros iniciais (Eduardo Saverin e os irmãos Winklevoss) jogaram contra ele mais tarde, é inegável que Zuckerberg foi o cérebro por trás de toda a programação do Facebook, hoje com mais de 500 milhões de usuários. Varou muitas noites em claro escrevendo os códigos, que não compartilhou com ninguém, já que não era bobo nem nada.

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